Resumo de Juízes (parte 3)

Ó nóis aqui de novo! Bora lá?

Só não vale xingar a mãe

GEDEÃO: 

Acontece o que a gente já sabe: Israel peca e é oprimido pelos madianitas por sete anos. Então Javé aparece para Gedeão na forma de um anjo e o conclama a salvar Israel.

Gedeão fica boladíssimo por ser um zé ninguém do clã mais fraco da tribo de Manassés, além de ser o irmão caçula. Mas ele logo se convence de que está na presença de um anjo (isto é, de Javé) quando o anjo faz uma combustão espontânea da oferenda que Gedeão trouxe (um cabrito e pães sem fermento).

E então Gedeão diz: Anjoooooo... Eu juro que te amooooo...

Javé ordena que Gedeão destrua o altar de Baal construído por ser pai e construa em seu lugar um altar para Javé - mesmo Deuteronômio afirmando a necessidade de unicidade de culto e templo (pequena contradição aqui). 

Gedeão obedece ao Senhor na calada da noite: destrói o altar e oferece um touro em holocausto. No dia seguinte, o povo descobre o ocorrido e tenta matar Gedeão, mas logo desistem pois o Lord está a seu lado.

O que nem sempre é bom negócio

Todos em Madiã, Amelec e os filhos do Oriente atravessam o Jordão e se organizam para lutar contra Gedeão.  O espírito de Javé reveste nosso herói e ele chama uma galera pra combater com ele: toda a tribo de Manassés, Aser, Zabulon e Neftali. 

Só que Gedeão é muito inseguro e precisa ter certeza absoluta de que não é esquizofrênico e de que Deus está realmente a seu lado; então ele pede um playstation um milagre ao Senhor. Diz:

"Colocarei um velo de lã na eira; se o orvalho cair somente sobre o velo e todo o terreno estiver seco, então saberei que livrarás Israel por minha mão, como disseste" (Juízes 6, 37).

Para que vocês saibam: velo = lã de carneiro; eira = local de terra batida. 

No dia seguinte, Gedeão acorda e o velo está encharcado com uma taça d'água, mas o chão está seco. 

Por conta  da margem de erro, Gedeão exige outro milagre. Dessa vez, o chão deverá ficar encharcado e o velo, seco. Deus em sua infinita paciência atende ao pedido de Gedeão e voilà. E esse é conhecido como O MILAGRE DO ORVALHO.

Foda, né? Tanto milagre pra pedir e Gedeão me pede porra de milagre do orvalho! Tanto poder x-men pra ter! Tantos milhões de dólares para cair na minha conta! Tantos Brads PItts para me acalentarem numa noite fria! É de fuder o cu do palhaço.

Pois é, mermão. 

Se Deus desse asa à cobra

O mundo não estava perdido...

Esses dois milagres para provar a existência divina espelham os dois milages realizados por Moisés lá no Êxodo, o do cajado que se transformava em cobra e o da mão leprosa.

E dai todo mundo se reúne para combater. Só que agora é a vez de Deus ficar de mimimi: ele diz que Gedeão reuniu gente demais e que assim o povo acreditaria que ganhou a batalha por mérito próprio, não por intervenção divina. Ele manda Gedeão despedir todos os homens que estão com medinho. Vinte e dois mil voltam para casa. Ficam dez mil.

Mas Deus ainda acha que é muita gente. Porra, Senhor. Avisasse antes! Várias caravanas de Osasco vindo a pé lá da puta que o pariu e o Senhor só avisa agora?

Enfim. Deus faz Gedeão e os mil soldados descerem até a beira d'água e ó só que ideia estranha que ele lança:

"Todos aqueles que lamberem a água com a língua como faz o cão, tu os porá de lado, assim como todos os que ajoelharem para beber" (Juízes 7, 5).

Trezentos soldados preferem dar uma lambidinha, o que é um jeito bizarro de beber água, e o restante se ajoelha. Deus manda Gedeão guerrear apenas com os 300 bizarros da lambidinha.

O que é melhor do que o teste anterior do cospe ou engole

Durante a madrugada, o Lord manda Gedeão dar uma volta escondido pelo acampamento inimigo. Lá, nosso herói ouve uma conversa entre dois madianitas: um deles sonhou que um pão de cevada rolava acompamento abaixo e atingia uma tenda. Gedeão interpreta isso como presságio de vitória (o pão representaria sua tribo de agricultores e a tenda, os madianitas), acorda todo o seu acampamento e se prepara para a batalha.

Então os 300 entram no acampamento medianita com tudo, soando trombetas e tacando o terror. Os medianitas se cagam de medo e um enfia a espada no outro, enquanto o resto foge. Os israelitas ganham sem utilizarem a espada nem uma vez.

E ainda tem quem fale em justiça divina...

Os israelitas ocupam as terras e assassinam os chefes de Madiã. Eles perseguem o restante do exército e os reis Zebá e Sálmana, e matam todo mundo - mais de cento e vinte mil manos, isso só os trezentos o_o

Durante a viagem de captura, Gedeão para nas vilas de Sucot e Fanuel e pede pão e água para o seu exército, mas a ajuda lhe é negada. Portanto, depois de capturar os reis, Gedeão volta para essas cidades e é tiro, porrada e bomba: ele rasga todos os seus príncipes com os espinhos do deserto e as sarças e massacra o povo.

Terminada a guerra, os israelitas pedem a Guedeão que se torne rei, mas ele recusa o pedido, dizendo que "é Iahweh quem será vosso soberano" (Juízes 8, 23). Gedeão pede como recompensa apenas um anel do espojo de cada um de seus homens, assim como alguns brincos e panos dos reis de Madiã.

Há paz durante quarenta anos, enquanto Gedeão é vivo. Gedeão gosta da coisa e acaba tendo setenta filhos! Mister Catra se corta de inveja!

Depois da morte de Gedeão, os israelitas voltam a pecar, o que é assunto para nosso post que vem. Até lá!

Pat Beijo, quem lembra o/