Por aqui tá tudo certinho.
Post passado lidamos com a polaridade SAGRADO / PROFANO, vocês se lembram, né? Caso contrário, corram lá e deem aquela repassada faz favô.
Ótimo.
Hoje lidaremos com outra polaridade. Estão prontos? Então bora lá:
PUREZA / IMPUREZA
Sendo assim, precisamos que o limite entre o comum (profano) e o sagrado seja demarcado; que haja como que um contorno entre uma coisa e outra, para que elas não se confundam. Esse contorno se dá através de rituais de dedicação ao Senhor. Cortar o prepúcio de um bebê ao nascer, por exemplo, é um ritual de dedicação, pois indica que aquela criança pertence ao povo escolhido. Guardar o sábado indica a mesma coisa, ou não comer determinados tipos de alimento.
Se nós formos pensar certinho, isso se dá com tudo, né não pessoal? Todo grupo, ou sistema, é definido por oposição a outros sistemas. Eu, por exemplo, só sou a Jeniffer porque eu não sou a Raquel nem a Rutinha. Eu sou mulher, alta, de classe média, comedora de chocolate branco, fã de Roberto Carlos, tenho cabelos castanhos, assisto Ru Paul's drag race e sou uma cristã-romântica. Portanto tudo o que a Jeniffer faz ou diz é, em última instância, uma afirmação do que é jeniffer e do é não-jeniffer.
E poucas coisas são tão jeniffer quando uma barra de Laka. Se quiserem agradar o sistema jeniffer, fica a dica.
Percebam: puro e sagrado não são sinônimos, mas ser puro é pré-requisito para que algo seja sagrado. Vocês estão entendendo?
Gente, calma, até eu tô me confundindo, péra. Deixa eu desenhar: